16/04/2021

Por Laura Mattos: São números e números que se acumulam na bola de neve das consequências da crise econômica da pandemia para escolas particulares e pais de alunos. Com um lado precisando aumentar o valor das mensalidade e o outro, reduzir, a relação fica tensa e pode se romper, obrigando as famílias a buscar escolas mais baratas ou públicas. Escolas são capazes de informar que a mensalidade vai aumentar para, na sequência, avisar as famílias que várias turmas serão reunidas em uma mesma sala de aula remota e que, sendo assim, os 90 alunos terão que desligar a câmera porque, do contrário, a chamada irá cair.

Nas reuniões, portanto, seja qual for a polêmica do dia, tanto a escola quanto a família têm que contar até mil, lembrar que não está fácil para nenhum dos lados e imprimir esforços mútuos para apaziguar a relação.

Ou é justo que nós, pais ou educadores, protagonizemos barracos virtuais ou presencias enquanto as crianças e os adolescentes têm de lidar com sequelas emocionais e de aprendizagem da pandemia?

Folha de S. Paulo; 14/04
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