17/11/2020

Por Fernando Cássio e Hélida Lança: “Se estivesse interessada em reconstruir laços de confiança esgarçados com as comunidades escolares, a Seduc-SP deveria estar trabalhando há muito tempo para: (1) garantir a estudantes e profissionais da educação as mínimas condições para a realização de um trabalho pedagógico em modalidade remota; (2) qualificar um debate público impregnado de desinformação e dominado pelo cinismo (e alimentado, em grande parte, pelos próprios gestores da rede estadual); e (3) produzir as condições objetivas e subjetivas para que possamos vislumbrar um horizonte de escolas reabertas não em 2020, mas em 2021.

Mas o governo de São Paulo, com suas sempre tão ambiciosas metas nas avaliações em larga escala, não está fazendo nada disso, e parece ter aceitado que as escolas da rede estadual só reabrirão em 2022, quando o governador João Doria lançará candidatura ao Planalto e tentará convencer o eleitorado de que a condução da pandemia no estado de São Paulo é um grande exemplo para o Brasil”.

Carta Capital: https://bit.ly/3lFc5cC