17/09/2020

Na última semana, a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), o Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e o Centro do Professorado Paulista (CPP) já haviam entrado com uma ação para impedir as aulas presenciais no Estado, após o governo João Doria (PSDB) liberar atividades de reforço em municípios que estão há mais de 28 dias na fase amarela do plano de reabertura. Após ter uma liminar negada, o grupo recorre com um agravo de instrumento e tenta uma decisão favorável.

O presidente da Fepesp, Celso Napolitano, considera que uma retomada para atividades extracurriculares é “muito discutível”. “Pedagogicamente, é muito complicado, é ineficaz. Não tem sentido um retorno agora”, diz. “Vamos aguardar a manifestação do prefeito Covas e fazer a discussão depois com a diretoria do sindicato.”

A entidade defende que as aulas presenciais sejam retomadas em 2021. Para Napolitano, não há como comparar a situação paulistana com a de países europeus que tiveram reabertura de escolas, pois vivem momentos epidêmicos e sociais distintos do Brasil.

“Em países como a França, há uma grande proteção social, os alunos vão à escola a pé, de bicicleta, é mais perto de casa. Aqui, tem que tomar transporte coletiva, às vezes mais de um, os alunos passam 40, 50 minutos dentro de um transporte. Sem contar os educadores, que ficam até 2 horas para chegar na escola.”

Posicionamento semelhante é defendido por Chico Poli, presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo), que também é contrário à retomada. “A nossa posição é que, neste momento, é impossível e irresponsável a volta das atividades presenciais nas escolas.”

Estadão https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,associacoes-e-sindicatos-de-professores-de-sp-sao-contra-volta-as-aulas-em-outubro,70003440216?utm_source=estadao:whatsapp&utm_medium=link