05/11/2020

A presidenta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, admitiu, em entrevista ao Estadãoque não deve haver vacinação em massa no Brasil, ao menos não imediatamente após haver uma vacina aplicável à população. Estima-se que, sejam quais forem, as vacinas contra a covid deverão estar disponíveis a partir de março de 2021. Isso, tanto a elaborada pela Fiocruz, como a Coronavac, do Instituto Butantã. Contudo, “terá que haver algum critério de priorização, mas isso ainda não foi definido”, disse Nísia.

Entre os desafios, estão questões de logística e produção, além da politização do tema por radicais, incluindo a base do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nísia explica que a vacina da Fiocruz, elaborada em parceria com a farmacêutica Astrazeneca e a universidade de Oxford, deverá ter produção de 100 milhões de doses nos seis primeiros meses do ano que vem, o que seria insuficiente para cobrir a população do país, de 240 milhões de pessoas.

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