19/02/2021

Foram confirmados 10 casos entre alunos e funcionários. Atividades estão suspensas por duas semanas.

Por Rafael Peixoto

Uma escola particular no bairro Campo Grande, em Santos, no litoral paulista, confirmou dez casos de Covid-19 nesta segunda-feira (15), sendo oito funcionários e dois alunos contaminados. Conforme comunicado aos pais, as aulas estão suspensas por 14 dias.

O retorno dos alunos ao colégio ocorreu no dia 11 de janeiro, por conta dos cursos de férias ofertados na unidade de forma opcional. As aulas regulares voltaram, efetivamente, em 1º de fevereiro, em formato híbrido, com aulas online e presenciais.

No dia 2 de fevereiro, houve o primeiro caso de coronavírus confirmado na escola, uma professora do Jardim de Infância. A turma que ela atendia teve as aulas suspensas e foi direcionada ao isolamento. No domingo (14), a escola foi comunicada sobre três novos casos positivos e uma suspeita entre os colaboradores. Em seguida, a escola submeteu os demais funcionários a testes para detecção do vírus, e outros outros cinco casos positivos foram confirmados na segunda-feira (15).

O Colégio Pixote e Evoluir afirma, em nota enviada ao G1, que foram seguidas todas as recomendações e protocolos de saúde, além do fornecimento de máscaras para os alunos, com uso obrigatório a partir de 4 anos; medição de temperatura na entrada da escola e no retorno às salas de aula, após o intervalo; distanciamento em sala; abertura de portas e janelas, para o aproveitamento da ventilação natural; álcool em gel na entrada da unidade; higienização das superfícies a cada troca de classe; obrigatoriedade de uso e troca de máscara também pelos colaboradores.

O colégio diz, ainda, que foi realizada a contratação de uma empresa especializada para desinfecção do local, além de um infectologista para aprimorar os cuidados e protocolos de prevenção ao coronavírus e para conduzir o plano de contenção a partir de agora. A previsão é de retomar as atividades com total segurança em primeiro de março.

O G1 também conversou com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (SIEEESP), Benjamin Ribeiro da Silva, que representa as escolas particulares do estado. Segundo ele, as aulas devem prosseguir.

“Com certeza, as aulas devem continuar, pois, apesar de haver riscos, a escola ainda continuará sendo um lugar muito mais seguro do que shopping, restaurante, supermercado, praias”, afirma.

Ribeiro recomenda que as escolas sigam as orientações da Organização Mundial de Saúde para prevenção da Covid-19. “As escolas têm que seguir os protocolos de distanciamento social, uso de máscaras, e sempre seguindo a orientação da Secretaria Municipal de Saúde, também. Não existe 100% de garantia que não haja infecções, mas, ainda é o local mais seguro” afirma.

Retorno

O retorno das aulas presenciais na rede particular foi autorizado em 1º de fevereiro pelo Governo do Estado, desde que as unidades seguissem os protocolos de proteção contra a Covid-19. A decisão de voltar é de cada instituição.

G1; 19/02