30/07/2021

Ex-diretor da Cinemateca Brasileira e ex-secretário de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, hoje presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca, classificou o incêndio que atingiu o galpão da Cinemateca na Vila Leopoldina nesta quinta-feira, 29, como um “desastre” e lembrou que este foi o 5º incêndio sofrido pela instituição – o primeiro ocorreu em 1957. “O que se perdeu agora no depósito foi o que havia sobrevivido à inundação de fevereiro de 2020. O que a água começou o fogo terminou”, disse. “Perdemos 60 anos de história, toda a memória da política pública de apoio ao cinema”.

Calil não acredita que o incêndio tenha sido uma fatalidade. “Assim como no Museu Nacional, isso não foi uma fatalidade. O abandono das instituições públicas brasileiras de memória é um assunto escandaloso”, disse. E alertou que ainda há muito com o que se preocupar – inclusive no que diz respeito ao prédio principal da Cinemateca, na Vila Clementino, onde está o acervo inflamável.

Estadão; 29/07
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