07/04/2021

Terça-feira (06/04) marcou os 50 anos da morte de um dos maiores compositores do século 20, Igor Stravinsky. O compositor que nasceu em São Petersburgo (Rússia) em 1882 e morreu aos 88 anos em 1971 também viveu as dificuldades de uma pandemia: em 1918, ele foi contaminado pela gripe espanhola, responsável por interromper seu trabalho.

Alguns anos antes, em 1910, o Stravinsky se mudou com a família para a Suíça e, três anos depois, compôs “A sagração da primavera”, que ficou marcada não apenas como sua obra-prima, mas também por ser uma composição seminal do século 20, com sua complexa e inovadora estrutura rítmica.

 

O compositor se preparava para voltar para a Rússia, mas seus planos foram frustrados pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com a Revolução Russa de 1917, tornou-se um exilado político em solo suíço e parou de receber dinheiro pelos direitos autorais de suas obras.

Exilado, com quatro filhos para alimentar e uma esposa tuberculosa para cuidar, Stravinsky vivia uma crise financeira e, sem perspectivas de compor para orquestras, começou a trabalhar na peça musical “A história de um soldado”.

Exposição virtual – O compositor é tema de uma exposição virtual inaugurada na terça-feira (aqui: https://linktr.ee/Theatromunicipal) . Parte da série “Compositores no Municipal”, do Centro de Documentação do Teatro Municipal do Rio, a mostra é focada na ligação de Stravinsky com o espaço cultural carioca. O compositor visitou duas vezes o teatro, em junho de 1936 e em setembro de 1963.

Na primeira vez, ele aceitou um convite de Heitor Villa-Lobos para dois concertos e um recital. Em 1963 voltou ao Rio de Janeiro, já aclamado como o grande revolucionário da música do século 20, o que transformou a visita em um grande acontecimento. No Municipal, o compositor regeu sua composição “O beijo da fada” (1928), executada pela Orquestra Filarmônica de Londres.

Nexo; 07/04
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