09/10/2020

Mais uma vez, terminou sem avanços a reunião pra renovação da Convenção Coletiva dos professores e auxiliares no ensino superior privado de São Paulo. Em reunião nesta quarta (7), o setor patronal recusou-se a discutir o reajuste salarial dos trabalhadores conforme programado. O Semesp (Sindicato patronal) adiou pra próxima semana a resposta à proposta da Comissão de Negociação dos Sindicatos para os itens econômicos.

Segundo Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de SP e coordenador da Comissão, avançar e recuar é normal em qualquer negociação, mas não dessa forma. Ele diz: “Os patrões agem de má fé e prejudicam os trabalhadores do setor”.

Desculpa – Alegação das mantenedoras pra adiar as negociações foi decisão liminar da 3ª Vara do Trabalho de Campinas, em ação movida pelo Sinpro local. O despacho condiciona a volta às aulas a protocolos específicos, com o uso de máscaras antivirais certificadas, distanciamento entre professores e alunos e aplicação de testes de Covid-19 nos profissionais.

“A responsabilidade do Sindicato é proteger a vida dos seus representados”, disse Napolitano na sessão. “O que estamos negociando são as condições e as relações de trabalho dos próximos dois anos. O Semesp não tem como fugir disso, a não ser usando desculpas que, neste caso, podem colocar em risco a vida de professores e de pessoal administrativo nas instituições”.

Agência Sindical https://bit.ly/3nwGCdW