22/10/2020

O presidente Jair Bolsonaro escreveu hoje (21) mais um capítulo do roteiro se sua gestão desastrosa da pandemia de covid-19. Questionado por seguidor de rede social, e inflamado por questões ideológicas e políticas, atacou a vacina mais promissora até o momento. “Não será comprada (…) Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”, disse sobre a CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac. “Meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19”, disse. A Anvisa reagiu e, depois da fala de Bolsonaro, afirmou que respeitará todas as pesquisas de vacina em andamento no Brasil.

A posição de Bolsonaro sobre a vacina, porém, será confrontada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Depois de sua intervenção de cunho ideológico, partidário e negacionista, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, manifestou que a covid19 é “prioridade da agência”. Afirmou ainda que toda decisão em tornos das quatro pesquisas sobre vacinas em andamento no Brasil, não será alvo de “alteração, influência e pressão” que não seja da ciência. Torres, interino no comando da Anvisa desde janeiro, foi confirmado ontem (20) no cargo pelo Senado. A agência, em tese, tem autonomia em relação ao governo e seu comando não está exposto ao risco de demissão.

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