13/08/2021

Por Claudia Costin, ex-diretora de educação do Banco Mundial: “Muitos docentes revelaram exaustão frente ao acúmulo de tarefas para as quais não estavam preparados. No entanto, de acordo com pesquisa recente do Instituto Península, embora no início a sensação de impotência tenha sido grande, muitos profissionais da educação revelaram ter sentido, com o passar dos meses, maior domínio sobre as novas formas de ensino que tiveram que ser adotadas.

Além disso, os pais foram expostos, de uma maneira ou de outra, aos desafios que os mestres vivem a cada dia, puderam olhar sua prática de outra maneira e valorizá-los profissionalmente. Afinal, ser professor não é para amadores!

Ao pensar nos legados da pandemia, afora todo o sofrimento causado pela Covid e por sua má gestão no país, fica claro que há uma oportunidade de incorporar, mediante boas políticas públicas, algumas lições aprendidas. Uma delas, talvez a mais importante em educação, é que o professor é um profissional, e sua formação inicial e continuada deve olhar para o processo de ensino, sua prática, como uma dimensão extremamente importante para que ele se sinta preparado nas mais diferentes situações”.

Folha de S. Paulo; 12/08
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