04/04/2022

Rejeição da contraproposta patronal, adoção de medidas para ampliar a participação dos professores na Campanha Salarial e fortalecer a comissão sindical de negociação, manutenção da Assembleia em caráter permanente e autorização para ingresso de dissídio coletivo, se as negociações fracassarem.

Essas foram as principais decisões da assembleia das professoras e professores no Sinpro Santos, realizada dia 04/04 via Teams, que contou, mais uma vez, com um alto nível de discussão e proposições.

O presidente Walter Alves, detalhou as últimas rodadas de negociação, relembrou as principais reivindicações dos professores e relatou a contraproposta do sindicato patronal. Ele também informou que haverá uma nova rodada de negociação, prevista para quarta-feira, 06 de abril.

Ele reforçou a urgência na regulamentação do ensino a distância e das aulas on-line, da produção de conteúdo de aulas e do uso de imagem. Essas questões estão contempladas na pauta de reivindicações dos professores, mas foram rejeitadas pelos patrões.

A proposta da Diretoria aos professores: organização de campanhas de mobilização, denúncias, acompanhamento dos informes e reuniões remotas, foi aprovada pela assembleia.

Proposta patronal

Além de rejeitar as cláusulas que garante condições de trabalho diante das mudanças pedagógicas e da crescente precarização da atividade docente, a proposta do Semesp prevê mudanças que, na prática, significam o fim de direitos como férias coletivas, garantia semestral de salários e regramento na redução de carga horária, além de reduzir o recesso de trinta para quinze dias.

Os mantenedores também querem incluir cláusulas sobre controle de faltas e concentração de aulas, de maneira a permitir que baixas cargas horárias possam ser remuneradas mensalmente, mas cumpridas de forma concentrada num único período.

Assembleia permanente

Por orientação da diretoria do Sinpro Santos, professoras e professores aprovaram mais duas propostas: manter a Assembleia em estado permanente, de maneira que a categoria possa ser rapidamente convocada para nova reunião e autorizar a instauração de dissídio coletivo, mediante nova assembleia, caso as negociações fracassem.