24/02/2022

O mês de março está se aproximando, e com ele, vêm as reflexões  em torno do Dia das Mulheres – uma data que tem origens históricas: desde o século 19, as mulheres que faziam parte de movimentos operários se organizavam nos Estados Unidos e em países europeus, em luta pelos seus direitos. A partir disso, os movimentos feministas pelo mundo ganharam força pelo mundo.

Pautas relacionadas à conquista de melhores condições de trabalho, direito ao voto e equidade de gênero estiveram entre as prioridades dessas lutas. Em 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. Para saber mais, confira aqui a explicação completa por trás desse marco.

Esse dia pode ser uma ótima oportunidade para se pensar em como a desigualdade de gênero está presente na Educação, e em como promover o respeito e a valorização das mulheres desde cedo — não apenas em março, mas durante o ano todo. Por isso, separamos 20 conteúdos do acervo da NOVA ESCOLA para refletir sobre a temática, conhecer experiências inspiradoras e também sugestões de caminhos para trabalhar o assunto com a sua turma.

Profissão Educadora: as mulheres na Educação Infantil As origens desta etapa de ensino são muito relacionadas ao ato de cuidar, e como as tarefas vinculadas aos cuidados são historicamente ligadas às mulheres, não surpreende que elas sejam maioria entre as profissionais. Hoje o entendimento sobre o papel do professor da Educação Infantil é outro e muito mais amplo, e nesta reportagem as professoras compartilham as suas trajetórias, e apontam como a profissão foi modificada pela pandemia.

Dia das Mulheres: 8 perguntas para entender as discussões de gênero Para garantir direitos mais igualitários, é preciso desmistificar as questões de gênero na escola e fugir da desinformação. Por isso, entenda como essa discussão não interessa apenas às mulheres, e qual é o papel dos educadores nessa história.

Por que o Dia Internacional da Mulher não pode passar batido e deve estar na pauta o ano inteiro Assim como outras efemérides que temos no calendário escolar, a temática da equidade e a valorização das mulheres não deve ser pautada apenas em março. Entenda, nesta reportagem, a importância de se levar o assunto para a sala de aula durante todo o período letivo.

Como apoiar as meninas para evitar a evasão escolar  Esse é um desafio que está posto desde antes da pandemia: as meninas são mais vulneráveis para abandonar os estudos por motivos relacionados ao trabalho doméstico, violência sexual, casamento precoce e gravidez indesejada. Por isso, saiba mais sobre o assunto e conheça estratégias para apoiá-las a continuarem na escola.

Por que você não sonha em ser ministra da Educação? Apesar de serem maioria na Educação Básica, poucas profissionais chegam a ocupar lugares de liderança. Entenda como a desigualdade de gênero está presente na Educação conferindo relatos de educadoras que viram de perto a discriminação conforme avançaram em suas carreiras. Elas também compartilham como é possível mudar isso nas escolas e construir um futuro com mais equidade para as meninas.

Professora empodera estudantes no CE com Literatura de mulheres engajadas  A literatura é uma ferramenta poderosa para envolver os alunos nas discussões e lutas pela equidade. Essa é a estratégia utilizada pela professora Camile Baccin De Moura para promover os debates sobre ancestralidade, pertencimento, identidade e racismo. Ela apresentou autoras como Conceição Evaristo, Angela Davis, Chimamanda Ngozi Adichie, Djamila Ribeiro, Lélia Gonzalez, bell hooks e Grada Kilomba para adolescentes do Ensino Médio. Conheça o projeto e saiba também como é possível replicá-lo na sua realidade.

Mulheres na tecnologia: esse espaço também é nosso Finalista do Prêmio Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação, a educadora Débora Garofalo compartilha sua trajetória para ressaltar a importância de se ensinar, desde cedo, que o lugar das meninas é também na área da tecnologia (e em qualquer outra que elas quiserem).

7 mulheres que mudaram a Educação Ao lembrar dos principais pensadores da Educação, é possível que pense em nomes como Paulo Freire, Jean Piaget e Lev Vygotsky. No entanto, engana-se quem acredita que não tivemos mulheres que marcaram a área — para além das milhares de educadoras que fazem isso diariamente em cada escola do Brasil. Neste conteúdo, conheça sete mulheres que contribuíram para refletir e transformar a Educação.

Vamos conhecer – e valorizar! – as mulheres da nossa vida? Não é preciso ir longe para encontrar mulheres inspiradoras. Essas figuras podem ser as mães, tias, avós, irmãs ou qualquer figura feminina das crianças. Saiba como se aproximar das famílias dos pequenos e promover essa troca de histórias na Educação Infantil.

Dia da Mulher: 3 sugestões para trabalhar representatividade feminina na alfabetização Que tal utilizar a temática para avançar na leitura e escrita dos alunos? A professora Mara Mansani compartilhou três propostas para estimular o respeito e a valorização das mulheres desde cedo.

A potência da literatura produzida por mulheres Diversificar a autoria dos livros trabalhados em sala de aula é uma forma de valorizar a diversidade enquanto estudam os diferentes gêneros textuais, além de apresentar novos pontos de vista, e ainda estimular a autoestima e a identificação das meninas, que podem se ver representadas nessas escritoras. Entenda, nessas reportagens, como é possível fazer esse trabalho nos anos finais do Ensino Fundamental – e de bônus, confira aqui 12 sugestões de autoras para apresentar aos seus alunos.

Siga as pegadas das mulheres na Arqueologia e na História Nos anos iniciais, explore desde as trajetórias das famílias até as marcas deixadas por figuras femininas ao longo de toda a história. Para isso, esses conteúdos vão auxiliar a construir propostas efetivas, que envolvam o estudo dos papéis das mulheres desde as primeiras sociedades humanas, e também a sua luta por emancipação.

Nem de menino, nem de menina: Brincadeiras para todos Desde a Educação Infantil, é preciso desmistificar que existam brincadeiras (ou brinquedos) de menina e de menino. Romper essa lógica é garantir experiências mais ricas para todos. Entenda como promover jogos e atividades que permitam uma maior liberdade de escolhas independente do gênero.

8 planos de aula para usar no Dia da Mulher Para preparar as atividades, confira algumas sugestões de como a temática pode ser trabalhada com a sua turma, visando inspirar uma reflexão sobre as conquistas femininas e as desigualdades que ainda persistem.

Como organizar e cuidar do espaço escolar

Esse vai especialmente para gestores: um NOVA ESCOLA BOX inteirinho que vai destacar a importância pedagógica do espaço escolar e refletir sobre planejamento.

Xadrez também é das meninas – como trabalhá-lo em sala Este jogo pode ser utilizado para aproximar todos os alunos da Matemática. Nessas reportagens, compreenda por que uma proposta como essa é tão interessante; veja como fazer esse trabalho nos anos iniciais; e conheça ainda sugestões de materiais sobre a história das mulheres no xadrez.

Mais mulheres (e meninas) na Matemática Um trabalho semelhante ao anterior pode ser feito nos anos finais ao aproximar as adolescentes das Ciências Exatas – e este conteúdo destaca como fazer esse trabalho. Combater os estereótipos de gênero que ainda cercam a aprendizagem e dar voz às meninas, valorizando seu raciocínio, é a saída para mantê-las engajadas.

A Ciência das mulheres Assim como na Matemática, a área da Ciência como um todo, historicamente, foi vista como um assunto “de meninos/homens”. Para ajudar a desmistificar esse tópico, conheça a participação das mulheres no campo científico ao longo da história e veja como estimular a participação de todos nas aulas de Ciência nos anos iniciais.

Descubra a vida das mulheres na Idade Média Apesar de muitos livros de história invisibilizarem o papel das mulheres medievais, elas foram princesas, copistas, camponesas e muito mais. Ampliar o entendimento sobre elas permite uma melhor compreensão dessa sociedade — além de desconstruir estereótipos. Saiba mais sobre a vida dessas figuras durante a Idade Média, e confira dicas de como levar esses tópicos para a sala de aula.

Cartas de afeto para mulheres inspiradoras Que tal trabalhar o gênero de carta, previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), enquanto fomenta a valorização e o respeito às mulheres? Nesses conteúdos, reunimos informações sobre este tipo de texto, e preparamos orientações de como levar a proposta para os alunos de 3º e 4º ano, e também alguns passos para avaliar essas produções.

Nova Escola; 23/02
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