21/02/2019

Em defesa da Previdência Social e da sua aposentadoria, trabalhadores lotaram Praça da Sé em São Paulo na manhã desta quarta-feira, 20/02, com o intuito de organizar uma luta unitária contra o projeto de reforma proposto pelo governo Bolsonaro – que a apresentou, de maneira oficial, em uma grande marketagem no Congresso, também na manhã desta quarta, acompanhada de uma campanha publicitária que procura amenizar a pancada que se pretende contra os trabalhadores.

“A importância deste ato é a demonstração clara da união dos movimentos sociais e das centrais sindicais, dando início a um processo de discussão e rejeição da Reforma da Previdência proposta pelo governo. A partir daí, então, iniciar uma luta, um esclarecimento à população; contra a capitalização, contra o fim da aposentadoria e a defesa do regime participativo. A expectativa é a de que o movimento cresça e chegue ao Congresso Nacional”, disse no ato Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo.

A Proposta de Emenda Constitucional, a PEC da reforma da Previdência, prevê a obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres com o fim do direito à aposentadoria por tempo de serviço.

Fica ainda pior para professoras e professores: pela proposta, a sua aposentadoria virá apenas por idade, quando completar 60 anos.

Ademais, o governo pretende adotar o regime de capitalização da Previdência, acabando com o modelo pelo qual todos contribuem para todos em um fundo social. Com a capitalização, o trabalhador teria que fazer sua própria poupança, que, segundo cálculos, para que receba um valor integral de aposentadoria, seria necessário atividade por 40 anos.

A PEC da reforma da Previdência vai ser discutida no Congresso. Queremos uma discussão de verdade, queremos que as propostas de emendas sejam discutidas e consideradas – não se pode aceitar que uma reforma prejudique quem trabalhou toda a vida, enquanto deixa de fora quem se considera com privilégios.

Veja o recado do Presidente do Sinpro Santos, professor Walter Alves, que esteve presente no ato contra a reforma da previdência:

Publicado originalmente pela Fepesp