03/03/2016
Primeira rodada de negociação (24/02)
SINDICATO E FEPESP NEGOCIAM DE BOA FÉ:
MAS E O SESI E O SENAI?
Já colocamos na mesa uma pauta de reivindicações das professoras e professores do Sesi/Senai. Veja a relação na ultima página deste boletim. Na primeira rodada de negociações (no dia 24 de fevereiro), foram apresentadas as cláusulas do acordo coletivo que defendemos a manutenção, além das cláusulas não financeiras de nossas reivindicações. As reivindicações de questões econômicas, como o reajuste do seu salário, serão debatidas nas proximas rodadas.
A Fepesp e os sindicatos integrantes, visando agilizar as negociações e respeitar a data base, propuseram duas reuniões semanais, mas os representantes do Sesi/Senai não tinham uma definição sobre as datas disponíveis.
Por nosso lado, estamos negociando de boa fé. Reunimos a categoria no Dia S, levantamos uma pauta de reivindicações justa e razoável, nos mostramos dispostos à negociação. Do lado do Sesi/Senai, parece haver intenção de fazer de conta que o assunto não é com eles.
Só que não: nossa movimentação – em cada escola, no sindicato, na porta da FIESP – vai mostrar que agora é a hora de mostrar respeito aos professores. Não iremos ser tratados com descaso.
A comissão de negociação é coordenada pelo professor Onassis Xavier (Osasco) e composta pelos professores Aloísio Alves (ABC), Sandra Baraldi (Jundiaí), Conceição Fornasari (Campinas), Odair Lanzoni (Valinhos), João Darc (Ribeirão Preto) e Nelson Bertarello (ABC).
PROFESSORES DO SESI/SENAI
VÃO CONQUISTAR RESPEITO!
Nossas reivindicações estão na mesa dos empresários da avenida Paulista – Professores e professoras demonstram empenho e unidade – Nada de embromação: Queremos negociação de verdade!
Mais de dois mil professoras e professores da rede Sesi/Senai disseram ´presente!´ nas assembleias preparatórias da nossa Campanha Salarial 2016. No nosso ´Dia S´, montamos a pauta de reivindicações que consideramos justa e necessária para manter a dignidade da categoria, para fazer frente à inflação que come nossos ganhos e para que a vida do professor permita a serenidade e a segurança necessárias para quem se dedica ao ensino.
Mas, atenção, amigos: nada vem de graça. As notícias de crise, de instabilidade política no país, estão sendo usadas à exaustão para enfraquecer quem trabalha. O sistema Sesi/Senai esconde suas contas para chorar dificuldades que não existem. Mas nós, que estamos lá dentro, não vamos bancar o pato: nossa reivindicação principal, 15% de ajuste salarial, é um pleito justo. Repõe a inflação do ano e inclui um ganho real, modesto mas necessário. Garantir que esse e os outros itens importantes da nossa pauta sejam discutidos com seriedade está nas nossas mãos.
Os professores e professoras do Sesi/Senai vão se apresentar para conquistar o respeito que a categoria merece.
Sem surpresa, os empresários da avenida Paulista fazem de conta que o assunto não é com eles. O dia 1º de março, consagrado como nossa data base, chegou e passou e o Sesi/Senai ainda está pensando no que fazer. Na reunião de negociação, pouco falaram. Manifestaram a ideia de abolir a data base, esquecer o 1º de março! Que dirá, então, do nosso aumento!
E pior, os representantes patronais estão negociando reajustes inferiores à inflação com outros sindicatos, que não integram a Fepesp, numa clara tentativa de dividir a categoria.
Nós não vamos bancar o pato!
Converse com os colegas, visite os sites do seu sindicato e o da Fepesp, compartilhe as informações, compareça à assembleia do dia 19/03 e pressione a direção de sua unidade. O tamanho da conquista é do tamanho da mobilização!
Nossa preparação para a Campanha não é de hoje 
Bem antes de começar a campanha salarial 2016, a Fepesp e os sindicatos integrantes começaram a movimentação para conduzir nossa negociação às claras – e abrir a caixa-preta onde se esconde o verdadeiro pato do Sesi/Senai.
– Audiência Pública na Assembleia Legislativa: No dia 6 de novembro, promovida pela Fepesp e o deputado Carlos Gianazzi, os mais de 200 professores e técnicos de ensino e deputados presentes exigiram uma explicação sobre a atual administração do Sistema S.
– MP e MPT instauram inquérito contra o Sesi: Após a Audiência Pública, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Estado de São Paulo, buscando uma maior transparência nas contas do Sesi/Senai, acataram as denúncias feitas pela Fepesp e os sindicatos integrantes e instauraram inquérito contra o Sesi. Sem moleza: os inquéritos estão em processo de investigação..
– Reunião com o presidente nacional do Sesi: No dia 18 de novembro, em Brasília, os representantes da Fepesp e os 25 sindicatos integrantes  reuniram-se com o presidente nacional do Sesi, Gilberto Carvalho. O dirigente deixou claro que a possível queda de 6,9% na arrecadação é perfeitamente assimilável e que não vê a necessidade de cortes.
E o Sistema recuou!
Percebendo o apoio massivo da categoria e as ações da Federação e seu sindicatos integrantes, o Sesi/Senai recuou. Em novembro, o Sesi-SP comunicou que duas das decisões anunciadas no mês de outubro não iriam mais acontecer: o fechamento de classes do 1º ano do Fundamental nas unidades externas e o fim das vagas de cursos técnicos, no ensino articulado Sesi/Senai, oferecidas aos alunos do nível médio do Sesi.
Pressionamos também pela reversão de outras medidas perversas: o fim da escola de tempo integral no Fundamental II (do 6º ao 9º ano), se mantido, trará consequências danosas para toda a comunidade do Sesi – alunos, professores e pais. Também pesam contra o Sesi e o Senai denúncias do autoritarismo na atribuição de aulas e da pressão sobre os professores diante da ameaça de demissão em massa, decorrente do fechamento de vagas e da reestruturação curricular.
Os representantes patronais vêm alegando que nos últimos dez anos o Sesi/Senai fizeram pesados investimentos na remuneração dos professores, resultando em um aumento real de 16%. Mas o que não deixam claro é que os reajustes salariais são vitórias da categoria. É direito de todos professores ter um salário digno e essas conquistas vieram com muita luta e esforço, nunca foram um presente do Sesi ou do Senai.
MANUAL DA CAMPANHA
Cada professor é um defensor da nossa pauta de reivindicações
A diretoria da Fepesp e dos nossos sindicatos associados estão sentando com os representantes do sistema Sesi/Senai para negociar nossa pauta de reivindicações. Como foi decidido nas assembleias, propomos a manutenção de vários itens do último acordo coletivo, e itens novos, importantes, além de melhoria de várias cláusulas – bem como o reajuste justo de 15% nos salários. Mas você sabe, nada vai nos chegar de mão beijada.
O melhor argumento que temos para garantir o que pedimos – que é o que consideramos justo – é a ação de cada professora e de cada professor nas reuniões convocadas pelos sindicatos associados e também no seu dia-a-dia na escola.
´Praguinha´ da campanha salarial – pegue o adesivo com o diretor do seu sindicato e pregue o adesivo em local visível a todos da escola: sala de professores, local de passagem dos docentes, no poste em frente à escola, na lanchonete, no ponto do ônibus e do metrô. Vista a campanha!
Sala de professores – leia este boletim junto com os demais professores. Entenda os pontos principais de nossa pauta de reivindicações (a relação está na última página). Coloque este boletim em evidência no quadro de avisos da sala.
Bexigas! – use seu fôlego na campanha: os sindicatos estão distribuindo os balões de campanha, pegue os seus, encha com sua energia e mostre a adesão da categoria.
Zap! – tem uma lista de colegas no seu comunicador de mensagens? Tire uma foto com a ´praguinha´, envie para sua rede.Organizar caravanas – prepare-se para se reunir com seus colegas e atender às convocações do seu sindicato, para manter a pressão junto ao Sesi e ao Senai.

Compareça à Assembleia do dia 19 de março – sem a movimentação do professor, o Sesi/Senai não negociam nada. Avise seus colegas e vá na assembleia do sábado, dia 19 de março, às 9 horas, no sindicato.

Sindicatos na Justiça para garantir nossa data base
Nossa data base para o reajuste salarial sempre foi o dia 1º de Março – mas, desta vez, o Sesi e o Senai tentaram passar a perna e se recusaram, na mesa de negociações, a reconhecer essa data. Se o Sindicato não faz nada e a negociação se arrasta por má vontade patronal, poderíamos perder meses de reajuste. Mas não deixamos barato. Esta semana os Sindicatos entraram com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho, e essa ação assegurou nossa data-base. Ponto! O que conquistarmos nesta campanha valerá retroativamente desde o 1º de março.