23/09/2021

Por Tony Marlon, colunista: “Me lembrei que pouquíssimas pessoas resumiram o Patrono da Educação Brasileira tão bem quanto Frei Betto. Precisei de suas palavras emprestadas por algumas linhas, e seguem:

“Ivo aprendeu com Paulo que, mesmo sem ainda saber ler, ele não é uma pessoa ignorante. Antes de aprender as letras, Ivo sabia erguer uma casa, tijolo a tijolo. O médico, o advogado ou o dentista, com todo o seu estudo, não é capaz de construir como Ivo”. E continua: “Paulo Freire ensinou a Ivo que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social”.

Eu não sabia de nada disso naquela época, começo dos anos 2000, menos ainda que existia um jeito de pensar e fazer educação de baixo para cima, quando o Rafael Mesquita começou a falar do livro Pedagogia da Oprimido.

Os detalhes eu não lembro bem, mas o coração do que ele me disse plantou curiosidade e esperança na minha cabeça para nunca mais sair: então é possível uma educação que liberte corações e mentes, que considere quem aprende como sujeito produtor do conhecimento, ao invés dessa repetição infinita de coisas que não fazem qualquer sentido prático para nós? É. O método nasceu para alfabetização de adultos, mas floresceu pra todo canto”.

UOL; 21/09
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