24/09/2021
Entre um convite para atuar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e outro para integrar a equipe do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) como consultor de programas populares, Freire optou pelo CMI e articulou uma proposta que lhe permitiu  permitiu um ano em Havard e um mergulho no movimento ecumênico. Ele assim relatou ao jornal Pasquim, em 1978:

“Eu preferia vir para o Conselho, porque o problema de ser professor para mim não se coloca. Eu me acho professor numa esquina de rua. Eu não preciso do contexto da universidade para ser um educador. Não é o título que a universidade vai me  dar que me interessa, mas a possibilidade de trabalho. E naquela época eu sabia que o Conselho ia me dar a margem que a universidade não me daria. Eu temia, ao deixar a América Latina, perder o contato com o concreto e começar a me meter dentro de  bibliotecas e começar a operar sobre livros, o que não me satisfaria e me levaria à alienação total. Não me interessa passar um ano estudando um livro, mas um ano estudando uma prática diretamente. O Conselho me dava esta oportunidade.

Carta Capital; 22/09
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