07/10/2021

Quem nunca abriu um de seus livros, lidos e debatidos nas principais universidades do mundo, como uma referência obrigatória no campo da filosofia da educação, se arvora a reduzir o seu pensamento a uma manifestação do comunismo, quando não uma fórmula para destruir as famílias, justo ele que construiu uma linda família, ao longo da vida.

As classes dominantes brasileiras, que patrocinaram o golpe civil-militar de 1964, que o prendeu e o obrigou a ir para o exílio, temem Paulo Freire por ele advogar que a educação deve ser um ato de formação cidadã, de formação da consciência por parte dos explorados e oprimidos. Aqueles que são opressores e exploradores temem Paulo Freire e, mais uma vez, estão por trás do golpe de 2016, que desembocou na eleição de um governo neofacista e neoliberal, cujos partidários tentaram até retirar dele o título de Patrono da Educação Brasileira, conferido em 2012.

Diário do Nordeste; 05/10
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