16/03/2021

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, reforçou a proximidade que tem com Bolsonaro antes mesmo de o atual governo assumir as rédeas do país.

O cardiologista integrou, como convidado, a equipe de transição, dando apoio técnico na área da saúde. Mais recentemente, foi nomeado para assumir uma posição na diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Queiroga foi indicado por Bolsonaro e, para ocupar uma das cinco cadeiras da diretoria da agência, teria de ser sabatinado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, atualmente presidida pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Quarto ministro – Jair Bolsonaro anunciou ontem o nome do novo ministro da Saúde. Trata-se de Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Ele será o quarto nome a ocupar o cargo na pandemia. A troca ocorre no pior momento da crise sanitária no Brasil, com recordes de mortes e hospitais lotados. / o globo

Negativa ao negacionismo – No domingo, Bolsonaro havia recebido Ludhmila Hajjar em uma reunião em Brasília. Nome preferido do centrão para o ministério, a cardiologista foi alvo naquele mesmo dia de ataques de bolsonaristas nas redes sociais. Ela relatou ameaças também no hotel em que estava hospedada. / cnn brasil

Papel do ministro – Governadores e especialistas em saúde dizem que não adianta mudar o ministro da Saúde se Bolsonaro mantiver sua atitude contrária ao isolamento social, por exemplo. A expectativa está em como o novo ministro vai conduzir uma gestão baseada em ciência diante das atitudes do presidente. / nexo

Por exemplo – O vice-presidente Hamilton Mourão disse ontem que o governo falhou em promover campanhas de conscientização sobre distanciamento social e uso de máscaras. Bolsonaro é um opositor do uso de proteção facial, método simples que ameniza a transmissão de covid, e causa aglomerações sempre que tem oportunidade. / my news

Dez meses desastrosos – General da ativa, Pazuello ficou dez meses no cargo, num período marcado por logística descoordenada, testes de covid-19 encalhados, falta de empenho para comprar vacinas, atraso na imunização da população, defesa de tratamentos inexistentes e subserviência ao negacionismo presidencial. / nexo

Folha de São Paulo e Nexo; 16/03
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