18/10/2021

Com ensino gratuito e participação da comunidade, ‘Escola dos Nossos Sonhos’, localizada em Bananeiras, já ganhou prêmio global de inovação.

Essa fagulha se acendeu em 2005 no Brejo paraibano. Na cidade de Bananeiras, a pouco mais de 120 quilômetros de distância de João Pessoa, as Irmãs do Carmelo Sagrado Coração de Jesus e Madre Teresa, popularmente conhecidas como Irmãs Carmelitas, se inquietaram ao perceber que muitos homens e mulheres do campo não tinham tido acesso à alfabetização.

Nos fundos de uma casa simples, morada de um lavrador, surgiu a Escola Nossa Senhora do Carmo. O projeto social, de início, tinha como foco alfabetizar camponeses da região. Mas não era suficiente. O analfabetismo costumava se perpetuar e não fazia sentido garantir educação aos pais e desassistir os filhos, e foi assim que o objetivo se estendeu. As crianças passaram a integrar a rede de educandos beneficiados pela educação das Irmãs. O projeto hoje tem, inclusive, reconhecimento internacional..

Escolas 2030 – Em 2019, veio mais uma oportunidade a nível global. O Escolas2030 é um programa global de pesquisa-ação que busca avaliar, desenvolver e disseminar boas práticas para a educação de qualidade de crianças e jovens.

A ‘Escola dos Nossos Sonhos’ é uma das 100 instituições brasileiras que integram o projeto espalhado em apenas 10 países. Dentro desse projeto ainda foi criado um grupo de Escolas-Polo, com 14 instituições para servir de referência às demais, e a escola paraibana faz parte.

Para Leila Sarmento, gestora da escola, os reconhecimentos apontam para um futuro possível “isso mostra que a construção coletiva é que traz bons resultados. Se educação é um processo de sujeitos ela não pode ser em mão única, mas em coletivo. Isso é o nosso diferencial”, certifica Leila Sarmento, doutora em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a atual gestora da escola.

“A partir desse desejo de fazer uma escola nova, Paulo Freire foi e ainda é nosso maior referencial, com essa proposta de educar com os sujeitos, sempre levando em conta os fatores sociais que cercam a vida de todos”, conta Leila.

G1; 15/10
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