09/11/2020

Prestes a completar quatro meses no cargo, o ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, tem privilegiado viagens, agendas com o presidente Jair Bolsonaro sem relação com a área e, até agora, pouco se envolveu nos temas da pasta.

A distância e o desconhecimento do trabalho e os desafios do MEC (Ministério da Educação) têm causado preocupação nos bastidores do governo. Para interlocutores, saíram os ministros ideológicos, entrou o decorativo.
Ribeiro não tem experiência em políticas públicas. Ele foi nomeado para agradar a ala evangélica que apoia o governo e cessar as crises criadas pelos ex-ministros de perfil ideológico Abraham Weintraub e Ricardo Vélez Rodriguez.

A avaliação de integrantes nos corredores do MEC e de outras áreas do governo é que Ribeiro não assumiu liderança nos rumos da política educacional e, mais grave, não entendeu o que é ser ministro. Também no Congresso é essa a impressão.

A postura se reflete na agenda oficial. Desde que assumiu o cargo, em meados de julho, Ribeiro abriu mão das atividades no MEC para participar de 14 cerimônias com Bolsonaro sem qualquer relação com a educação.

Folha de S. Paulo https://bit.ly/3n7IkBo