19/02/2021

Por Laura Mattos: No anúncio oficial, o secretário de Educação, Fernando Padula, abordou o aspecto econômico da medida, em meio ao agravamento do desemprego. Também se destacou como a presença das mães pode reduzir o medo do retorno presencial. São pontos essenciais, de fato. Escolas particulares têm conseguido amainar os ânimos em meio às decisões polêmicas da pandemia a partir do respaldo de comissões de pais que oferecem apoio tanto para questões financeiras quanto nas relativas à saúde.

Será preciso, contudo, que essa relação se consolide para além da pandemia e das decisões mais administrativas. Os pais devem estar mergulhados no projeto pedagógico das escolas, e isso não significa sentar ao lado do filho na aula remota ou ajudar a fazer a lição de casa. Também não é apenas medir a temperatura ou dar bronca em grupos que se aglomeram no recreio. Mas, a partir dessas experiências cotidianas, se colocar como parte da comunidade escolar e entender que caminhos os filhos seguem na educação. É deixar de lado o papel daquele que observa passivamente ou só reclama, para se colocar como parceiro dos educadores.

Folha de S. Paulo; 19/02
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