05/10/2021

“Os alunos voltaram bem mais dispersos e alguns até catatônicos nas primeiras semanas”, conta Fátima Santana de Almeida, Diretora da EE Dom Angelo Cardeal. “Como faço a recepção e a aferição de temperatura deles no portão, pude reparar que muitas vezes os pais estavam redirecionando os filhos, como se não soubessem mais entrar na escola, entretanto, aos poucos isso foi mudando. Estão muito mais alegres também”, conta.

Nem toda escola lida com a mesma questão, mas fato é que todas têm lidado com crianças e adolescentes que passaram um ano e seis meses afastado do ambiente que tanto lhe eram familiar e íntimo. Alguns chegam mais tímidos, outros mais ansiosos, mas todos precisam de tempo para se reconhecerem novamente dentro da escola e dentro do contexto social que ela carrega.

Longe de ser fácil, longe de ser apenas uma reabertura de portões. Alunos precisam de acolhimento mais do que adaptações.

Estadão; 04/10
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