20/05/2014

 

 

O SINPRO SANTOS traz um especial para tirar dúvidas sobre este crime que muitos professores sofrem, mas poucos denunciam. Acompanhe na matéria abaixo:

 

 

Chegou a hora de darmos um basta ao Assédio Moral no Ambiente de Trabalho dos Professores

O assédio moral, também chamado de humilhação no trabalho ou terror psicológico, acontece quando se estabelece uma hierarquia autoritária, que coloca o subordinado em situações humilhantes: afrontas, constrangimentos, rebaixamento, xingamentos, vexame. Estas e outras situações vêm fazendo parte da rotina de muitos docentes que no desenvolver de seus afazeres são mortificados pelo Assédio Moral. Segundo publicações recentes, esse problema quase clandestino e de difícil diagnóstico vem se tornando rotineiro no ambiente de trabalho do professorado. Ocorre que se o assédio moral não for enfrentado de frente pode levar à debilidade da saúde de milhares de trabalhadores, entre eles os PROFESSORES, prejudicando seu rendimento.

Com base nessa realidade a Diretoria do SINPRO SANTOS alerta a categoria: – “É preciso barrar o abuso de poder dos superiores hierárquicos”.  Apesar de estar em voga, o Assédio Moral não é uma figura nova. Surgiu praticamente junto com o trabalho. O que se tem de novo é a sua grande incidência na atualidade. Com a globalização e a flexibilização das leis trabalhistas, algumas entre muitas instituições educacionais da nossa base sindical estão se organizando de forma estratégica, tentando assim, mascarar e atribuir aos docentes funções não pertinentes a classe, que acaba gerando um passivo de afazeres que não são condizentes com a função do docente. Essa realidade acaba promovendo um grande desgaste entre patrões e empregados que frequentemente traz como resultado a prática de condutas relativas ao Assédio Moral no ambiente de trabalho, onde o alvo são os docentes. Destacamos as condutas mais comuns:

• instruções confusas e imprecisas ao(à) professor(a);

• dificultar o trabalho;

• atribuir erros imaginários ao(à) professor(a);

• exigir, sem necessidade, trabalhos urgentes;

• sobrecarga de tarefas;

• ignorar a presença do(a) professor(a), ou não cumprimenta-lo(a) ou, ainda, não lhe dirigir a palavra na frente dos outros, deliberadamente;

• fazer críticas ou brincadeiras de mau gosto ao(à) professor(a) em público;

• impor horários injustificados;

• retirar-lhe, injustificadamente, os instrumentos de trabalho;

• agressão física ou verbal, quando estão a sós;

• restrição do uso de sanitários;

• ameaças;

• insultos;

• “isolamento.”

Dessa forma, o SINPRO SANTOS, vem trabalhando intensamente na identificação, orientação e representação junto aos órgãos competentes, todos os docentes vítimas do Assédio Moral no ambiente de trabalho, exigindo dos empregadores a extinção desta prática. Entendemos que essa atitude não pode ser mais tolerada, que o respeito nas relações humanas é indispensável. Não podemos fechar os olhos para esse tipo de violência. O Assédio Moral é uma realidade e deve ser combatida e levada em consideração pelas Instituições Educacionais para que essas possam fazer suas adaptações, assegurando ao professor condições dignas no ambiente de trabalho.

ATENÇÃO: A Instituição onde for comprovada a prática do Assédio Moral no Ambiente de trabalho, responderá em juízo por isto. Mesmo que essa Instituição alegue não ter conhecimento, será responsável pela composição dos danos causados à vítima, pois esta deve estar ciente de todas as situações ocorridas dentro de seu estabelecimento de ensino ou de seu campo de responsabilidade. Lembrando que posteriormente as vitimas identificadas serão devidamente orientadas pelo SINPRO SANTOS e poderão ajuizar ação de regresso contra o agressor.

 

Perfil dos assediadores: pessoas com sentimento de grandeza, arrogantes, prepotentes e egocêntricos.

ALERTA SINPRO: O Assédio Moral deve ser levado a sério pelos professores, pois muitas vezes as Instituições Educativas ou Empregadores, confundem o poder diretivo e disciplinar com abuso de poder, e os professores não são obrigados a tolerar situações que vão além de suas obrigações. Infelizmente muitos de nós, normalmente não sabe que estão sendo vítimas de Assédio Moral, pensam que faz parte de sua atividade tolerar situações humilhantes. Por isso professor, sindicalize-se. Conte com o SINPRO para lutar em sua defesa.

 

Vale ressaltar que após a Emenda Constitucional 45 de 2004, os casos de dano moral decorrentes das relações de trabalho passaram a ser de responsabilidade da Justiça do Trabalho. Assim, todos os casos de reparação aos danos sofridos pelo Assédio Moral, tanto na esfera material quanto na esfera moral, deverão ser apreciados pela Justiça Especializada Trabalhista. Hoje o SINPRO SANTOS, conta com uma equipe multidisciplinar pesquisando e desenvolvendo um estudo sobre Assédio Moral no Ambiente Escolar para que em breve envie relatório ou publicação para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Trabalho Federal.

VEJA PROFESSOR SE VOCÊ SE ENQUADRA NESSA REALIDADE. CASO ISSO OCORRA DENUNCIE AO SINPRO SANTOS VAMOS INVESTIR EM PREVENÇÃO.

 

Diretor de Base SINPRO SANTOS: Prof. João Rinaldo Zeferino de Oliveira